Fui à palestra do Vanderlei Luxemburgo, organizada pela Aceesp – Associação dos Cronistas esportivos do estado de São Paulo – no Hotel Renaissance, ontem. O atraso de 1 hora, segundo eles causado pelos problemas com vôos atrasados, nem chegou perto de me deixar irritada, já que pães de queijo, mousses de chocolate, sucos e refrigerantes estavam à disposição. Pra não falar do bom papo que me cercava. Sempre consigo a proeza de encontrar pessoas das antigas em eventos como esses. O tio da Ed. Física e o mais legal dos auxiliares da época do colégio. Nessas horas agradeço por ser cara de pau e sempre lembrar da cara de todo mundo. Sou ótima fisionomista. Óbvio que quase sempre não lembram de mim, mas eu sei exatamente quem são. E o tempo correu ainda mais depressa com a companhia mais do que profissional no assunto: horas correrem muito mais que depressa.
A estrela chegou às 21h. Cheio de luzes, terno, gravata e a pose habitual. Já falei que nem gosto dele, mas concordo plenamente que é um puta técnico. Um boleiro de marca maior. Não sei quem foi que inventou que o cara precisa seguir uma apresentação de slides, que obviamente nem foi montada por ele, com vídeos toscos e trilhas sonoras ainda piores. A idéia é falar de futebol. E pra isso nada melhor do que simplesmente conversar sobre futebol. Simples e óbvio. Contar casos. Não precisava de subdivisões por temas como frases, vencer, motivação ou qualquer baboseira do tipo.
O pior é que sinto uma vergonha alheia absurda. Era só deixar ele lá falando que era aula na certa. Pra que essa baboseira? Só pra sentir o clima, selecionei algumas frases que o homem usa como lema de vida ou sei lá o que…
“O grande campeão se constrói na derrota” (Profunda essa. Deve ser campeã de citações nos livros de auto-ajuda)
“Se alguém tiver que morrer, entre meu pai e eu, que morra meu pai que é mais velho” (Juro que ele disse essa. Com direito a explicação palavra por palavra)
“Se na sua casa tiver dois banheiros e você ficar em dúvida, você faz nas calças” (Só pra fechar com chave de ouro. Campeã!)
Algumas risadas depois de cerca de uma hora, a apresentação abriu para perguntas, umas 10 no máximo. Respostas curtas e simples. O que eu concordo plenamente. Isso que ele sabe fazer. Responder rapidamente, improvisar e manter a pose.
Muitos convidados ilustres. A presidência do jornalista Ricardo Capriotti, também mediador do encontro. E o mais requisitado da noite, o famoso Godoy. Ex Milton Neves, atual Band. Hilário. Só isso.
(…)
Antes – passei uma tarde inteirinha sozinha comigo mesma. Cinema, Paulista, Augusta, Mc Donald´s e Livraria Cultura. Um filme francês (Medos privados em lugares públicos) um tanto cabeção. Que eu podia ter aproveitado muito melhor se não fosse o ar condicionado congelante. E aquela ansiedade de sempre que me acelera e desconcerta. E que eu gosto e odeio muito.
Depois – Tranquilidade demais. Paz demais. Pensamento vazio. Medo enorme de pensar. Vácuo. E, claro, isso é sempre sinal de trovoadas se aproximando. Batata! (ai, que velha essa expressão) Um errinho que gerou o maior frio no estômago que uma pessoa pode sentir assim em situações rotineiras. Porque não foi nenhum acidente horrível. E só de imaginar me dá uma vontade de vomitar. E dói muito muito muito. Não sei se pelo inesperado. Dormi encolhida e triste. Droga! Acho que vou ter essa sensação pra sempre.
Nhonhonhom! pra sempre nada, xuxu, logo passa. Desliga o celular, aí não tem que esperar nada. Ah! e viva os filmes cabeçudos, o Mc Donald’s e o Luluxemburgo! beijinho!